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Via SOT na Venezuela - V Encontro de Economia dos Trabalhadores


Estiveram reunidos entre os dias 22 e 25 de julho de 2015, trabalhadores da América Latina, América do Norte e alguns países europeus para refletir sobre pontos críticos e repartir experiências sobre a auto-organização econômica dos trabalhadores.

O encontro teve abertura em Caracas, mas as mesas e discussões ocorreram em Punto Fijo, cidade localizada a 540 km da capital, onde há uma boa organização de empresas recuperadas pelos trabalhadores com apoio do Estado.

Com a presença de cerca de 150 pessoas, em grande maioria da Venezuela, Argentina, México e Chile o debate girou em torno dos temas: autogestão, Estado, movimentos sociais, cooperativas, fábricas recuperadas, comunas e crise do capitalismo mundial.

Participação da Via SOT

Através de um esforço dos apoiadores da associação, foi possível viabilizar a viagem de Edi Benini à Venezuela. O representante da Via SOT apresentou 2 trabalhos nas mesas cujos temas eram: organicidade socioprodutiva e economia comunal.

Os artigos, citados com os nomes dos autores abaixo, são frutos de construção coletiva, exercício que tem qualificado os debates dentro e fora da associação e o trabalho em grupo daqueles que participam.

1. AUTOGESTÃO ORGÂNICA SOCIOPRODUTIVA: PRÁXIS E METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA ECONOMIA DOS TRABALHADORES. Autores: Édi Augusto Benini; Liliam Deisy Ghizoni; Erika Porceli Alaniz; Karen Bettina Ikeda de Ortiz e Jordão Vieira Silva.

2. SISTEMA COMUNAL, DIVISÃO DO TRABALHO E VALOR: ENSAIO SOBRE A REPRODUÇÃO SOCIAL AUTODETERMINADA. Autores: Gabriel Gualhanone Nemirovsky; Henrique Tahan Novaes; Elcio Gustavo Benini e Edi Augusto Benini.

O primeiro foi apresentado na quarta-feira (22/08), e o segundo na sexta (24/09). Edi conta que apesar das dificuldades com o idioma, a prticipação do público foi grande, com perguntas e reflexões sobre a apresentação.

Experiências vividas no encontro

Em conversa numa reunião entre os membros da associação, Edi fez um breve relato de suas reflexões e experiências que viveu durante o encontro, revelando um rica oportunidade para repensar estratégias de luta contra a exploração dos trabalhadores e a alienação do trabalho.

Segundo ele, o perfil dos participantes era mais de cooperativas, fábricas recuperadas, militantes partidários, empresas estatais sobre controle operário, assim, o foco foi menos teórico e mais voltado para como cada experiência está enfrentando a problemática do capital ou do capitalismo, ou simplesmente como está sobrevivendo. "Alias, penso que esse foi o elemento de continuidade em todos os debates, enfrentar e/ou superar a formação social-econômica capitalista" diz Edi.

Edi conta que as reflexões sobre as comunas esteve muito presente durante o encontro. "Gostei de ver que a questão da construção de comunas teve um espaço e valorização consideráveis, provavelmente potencializados pela lei nacional de constituição de comunas (inserção direta de Hugo Chávez), permitindo, com o suporte desta legislação nacional, que alguns territórios e coletivos de trabalhadores, na Venezuela, abrissem essa frente de luta".

Outro ponto que trouxe muito debate e reflexão no encontro foi o papel do estado no enfrentamento ao capitalismo. "Em várias mesas permeou a questão do Estado, no sentido de ser elemento necessário para a revolução socialista, mas como um elemento que é necessário ser superado para a emancipação social - o que criou certa polêmica. Dessa forma, muitos questionaram que sem o Estado não é possível haver uma regulação societária, enquanto outros colocaram que com o Estado não é possível uma integração global e emancipada dos trabalhadores" conta Edi.

Nosso colega ainda tem muito mais detalhes dessa viagem incrível para contar. Ele diz que essa oportunidade ainda oferecerá anos de reflexões. Vamos acompanhar.


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